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17 de ago. de 2011

Agenda Cultural: Beto Guedes

Haverá, nos dias 19 e 20 de agosto, às 22h30, no Café Paon (Av. Pavão, 950, Moema), duas apresentações de Beto Guedes, um dos fundadores do consagrado Clube da Esquina, junto a Milton Nascimento, Lô e Márcio Borges. Os ingressos estão disponíveis aqui por R$ 100, R$ 130 ou R$ 150, dependendo do lugar escolhido. Caso queira mais informações, ligue para (011) 5531-5633 ou (011) 5533-5100.

Beto Guedes é, creio, um dos membros menos conhecidos do Clube da Esquina, talvez porque não apresentou composições no disco que o grupo lançou, ou talvez porque Milton Nascimento o ofusque. O que é uma injustiça: Beto Guedes também compôs músicas fantásticas (como “Lumiar”, “Sal da Terra”, “Amor de Índio”, “Página do Relâmpago Elétrico”, “Sol de Primavera”, entre outras) e fez grandes interpretações de seus colegas de Clube, como “Maria Solidária”, de Milton, e “Paisagem da Janela”, de Lô Borges.

A quem não conhece a obra de Beto Guedes, recomendo que compre e ouça o disco “A Página do Relâmpago Elétrico”, que é excelente, e as músicas que citei acima, seus maiores sucessos. E sugiro a todos, se possível, que vão a (pelo menos) um dos shows.

Lumiar - Beto Guedes:

12 de ago. de 2011

Agenda Cultural: "Sandman"


Os leitores desta magnífica Agenda já devem ter percebido que sou fanático por histórias em quadrinhos. Lembro-me de já ter comentado, quando recomendei “Daytripper”, sobre a evolução do gênero, a princípio voltado para o público infantil, e que está, desde os anos 80, tomando uma temática mais adulta e revelando seu potencial como obra de arte ao atrair excelentes escritores e desenhistas.

“Sandman”, de Neil Gaiman, é uma das obras-primas dos quadrinhos e, potencialmente, a de maior importância. Apesar do nome sugestivo, Sandman não é um super-herói. O protagonista é, na verdade, uma entidade responsável pelos sonhos de todos os seres do Universo, não exatamente um deus, uma vez que os deuses têm origem em seu domínio. A história começa quando Sandman é capturado e aprisionado por um mago, o que põe em movimento os eventos que se sucedem. Rapidamente é revelado que, apesar de ser o senhor dos sonhos, Sandman não é uma figura alegre e despreocupada, como o imaginaríamos, mas sóbrio, mal humorado, sombrio e vingativo. Ao longo da série também se vê que, apesar de ser infinitamente poderoso, não é infalível, sobretudo em seus relacionamentos pessoais, que, aliás, quase invariavelmente terminam mal.

A série é dividida em sete arcos e três coletâneas de histórias curtas. À exceção do primeiro, em que o autor ainda tentava se estabelecer, todos os arcos são brilhantes, acompanhando as mudanças pelas quais Sandman passa após ser aprisionado. As histórias curtas, no entanto, são absolutamente geniais. Em uma delas Shakespeare apresenta com sua trupe “Sonho de uma Noite de Verão” para uma audiência de fadas e o próprio Sandman, e mostra o relacionamento de Shakespeare com seu filho Hamnet – um presságio para outros eventos da série. Em outra, chamada “Ramadan”, que se passa em Bagdá, o sr. Gaiman imita o ritmo das histórias das “Mil e Uma Noites”, para não mencionar as ilustrações extraordinárias de P. Craig Russell.

A série consiste, no total, em 75 revistas, mas já reunidas em volumes e, mais recentemente, em uma edição de colecionador com capa dura, já traduzida para o português. Mais uma vez devo dizer que as histórias são excelentes, para não mencionar as ilustrações (colaboração de inúmeros desenhistas) e a conclusão: vale a pena seguir seus sonhos?


A lista dos volumes é a seguinte (sugiro que leiam todos - e nessa ordem):
Prelúdios & Noturnos
A Casa de Bonecas
Terra dos Sonhos
Estação das Brumas
Um Jogo de Você
Fábulas & Reflexões
Vidas Breves
Fim dos Mundos
Entes Queridos
Despertar

5 de ago. de 2011

Agenda Cultural: "Dilbert"


"Dilbert”, de Scott Adams, é, certamente, a mais famosa tirinha a tratar do mundo corporativo. As histórias são geralmente ambientadas no escritório em que o personagem-título trabalha, um inferno de burocracia, incompetência e estupidez generalizadas. O humor da tirinha costuma se concentrar na falta de habilidades sociais de Dilbert, em sua relação com seus colegas de trabalho, em Dogbert, seu cachorro cínico e cruel e, principalmente, nas idiotices de seu chefe, quase sempre retratado como um imbecil ganancioso e irresponsável. Há ainda as políticas insanas que a empresa pratica, como a de promover somente os funcionários mais incompetentes a gerentes, a fim de impedi-los de trabalhar, sempre recheadas de jargão administrativo sem sentido.
“Dilbert” é particularmente engraçado para quem trabalha no mundo corporativo e/ou estuda administração, uma vez que facilmente reconhece em algum dos personagens o colega de trabalho estúpido, o chefe folgado, as políticas ilógicas, etc., a que se sujeitam no emprego.

As tirinhas são lançadas diariamente no site http://www.dilbert.com/, e trazem garantidamente diversão e risadas.

O chefe

Dogbert