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29 de abr. de 2011

Agenda Cultural: "Romantismo: a Arte do Entusiasmo" e "Olhar e Ser Visto"

O MASP está realizando as exposições “Olhar e Ser Visto”, que traz ao Brasil uma coleção de retratos e auto-retratos de Ticiano, Rembrandt, Velázquez, Goya, Van Gogh, Renoir, Manet, Cézanne, Picasso, Portinari e Modigliani e a exposição “Romantismo: a Arte do Entusiasmo”, que conta com pinturas de Monet, Bosch, El Greco, Dalí e alguns dos pintores já mencionados. A apresentação estará aberta ao público de terça a domingo das 11h às 18h (exceto às quintas-feiras, em que a exposição fecha às 20h). Às terças-feiras a entrada é gratuita para todos, nos demais dias o ingresso custa R$ 15,00 (R$ 7,00 para estudantes, grátis para menores de 10 anos e maiores de 60), no segundo andar do prédio. A bilheteria fecha sempre uma hora antes de fechar a exposição. Endereço: Av. Paulista, 1578, Cerqueira César, São Paulo. Telefone para contato: (11) 3251 5644. Estacionamento: Garagem Trianon, Pça. Alexandre Gusmão ou Progress Park, Avenida Paulista, 1636.

A exposição “Romantismo” é subdividida em temas recorrentes na arte: a Natureza, o Corpo, a Paisagem Urbana, o Imaginário e as Paixões. É particularmente interessante notar as mudanças técnicas e estéticas ao longo do tempo, como entre as pinturas renascentistas, tão precisos que se parecem com fotos, e as impressionistas, que, ao abolir o uso de traços, conseguem reproduzir movimento e texturas lindamente. Há apenas um quadro de Bosch na exposição – “As Tentações de Santo Antão” -, que, embora tenha sido pintado no século XVI, é facilmente confundido com uma obra surrealista, por causa do modo com que o pintor combina imagens de animais e homens para criar os demônios que atormentam o santo. Renoir, Monet, Van Gogh e El Greco dispensam comentários (mesmo porque não é possível descrever seus trabalhos com palavras apropriadas a um texto público).

A exposição “Olhar e Ser Visto” ilustra a evolução do retrato do século XVI até o XX, com telas, fotografias, gravuras e esculturas de alguns dos artistas plásticos mais influentes da Humanidade, que, por si sós, já garantiriam a qualidade do acervo (e minha presença, evidentemente). A história do retrato acaba também mostrando a história da arte e da estética: a grandiosidade da arte sob encomenda do Renascimento, a invasão do prosaico no período Barroco, o caráter intimista/individualista do Romantismo e a desilusão que contagia as obras modernas. O mais importante, contudo, é que a história do retrato é também uma história do Homem, da mentalidade, de como vemos o mundo, nós mesmos e nossos semelhantes.

Passeio ao Crepúsculo, de Van Gogh, está entre os destaques da exposição

O Grande Pinheiro, de Cézanne
O Filho do Carteiro, também de Van Gogh


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